Oficialmente Portugal é um país democrático, as revistas reflectem muito bem [o que há de pior n]isto. O abuso é, no entanto, constante, empurrões anti-democráticos e exigências excessivas. Esquece-se por vezes que tudo o existente tem limitações. Uma rocha é limitada, pois não se pode mexer, um animal é limitado, porque tem que satisfazer as suas necessidades fisiológicas, assim também o Homem é limitado, a sua liberdade não é absoluta.
Esta alusão à liberdade também é referivel a coisas não vivas (por outras palavras, mortas), pois estas estão limitadas, veja-se que, sem qualquer tipo de ajuda, a água não corre para as montanhas. Mas, para além disto pode-se aplicar o termo liberdade a algo ainda menos vivo, ao inexistente fisicamente, ou, por outras palavras, à moral (conjunto de regras e normas que regem a vivência humana).
Com tudo isto rapidamente se pode verificar que a própria liberdade não é livre, pois a liberdade é condicionada. Se analisarmos a liberdade de qualquer ser, coisa ou ente no geral (incluindo os não-físicos) verificamos que não é livre. A expressão máxima que apoia a minha tese da auto-anulação da liberdade provém do saber popular: “A tua liberdade acaba, onde termina a de outro” (ou, para os mais egocênctricos: [...]a minha).
O Homem vive em sociedade. O Homem é um ser relativamente livre. São estas as duas frases que se auto-anulam, tal como a liberdade o faz.
Se imaginarmos a liberdade do Homem como uma circunferência à sua volta, não é difícil imaginar estes círculos a sobreporem-se. Assim, para se conseguir viver na sociedade deve-se perceber muito bem os nossos limites, para evitar esta sobreposição de liberdades pessoais e consequentes falta de igualdade entre indivíduos.
Esta ligeira divagação acerca da Liberdade tem, ao contrário do que se possa pensar, um objectivo. Este objectivo é, exactamente como se pode imaginar, falar da falta de democracia da nova lei anti-tabaco em Portugal.
Eu pessoalmente gostei da implementação desta lei (porque detesto ser incomodado por esse horrível pedaço da alcatrão). Mas há um fundo de incorrecto nesta lei. São as placas.
As placas?
Sim. As placas. Quem leu estas placas deverá ter reparado na frase “Não fumadores”, que é, alias, a única presente nestas placas. Esta frase é chocante. É chocante não pelo facto de proibir o acto de fumar dentro de um estabelecimento, mas pelo facto de usar a palavra fumadores.
Eu pessoalmente não gosto muito do Quim Zé, ele já conseguiu por três familiares seus com cancro nos pulmões devido a estar constantemente a fumar (o próprio Quim Zé parece ter ficado imune, como as bactérias ficam imunes quando se habituam à presença de uma determinada substância, às substâncias presentes no seu tão horrível hábito), mas tal não implica de forma alguma que este fumador não tenha o direito de entrar num bar, desde que esteja com o cigarro apagado.
Empurrões anti-democráticos, falta de igualdade entre indivíduos, isto está presente em quase tudo o que se passa no nosso dia-a-dia. Presenciam-se situações de discriminação, racismo e fenómenos de egocentrismo, são indivíduos sem exemplo diriam uns, eu, e falo por mim, por vezes tomo atitudes incorrectas como estas, duvido também que exista alguém que nunca tenha actuado de uma forma errada, transpondo os limites da sua liberdade e interferindo com a de outros, incluindo o sr.eng. José Sócrates. Se se imaginar um mundo sem estes atropelos cívicos, sem desordens, sem confusões, sem dúvida que nos sentiriamos mais felizes.
Isto parece impossível de alcançar, eu sei (a mim também me parece), mas, se todos lutarmos no mesmo sentido, se remarmos para o mesmo lado, talvez possamos chegar um passo mais perto de um mundo melhor.
Esta alusão à liberdade também é referivel a coisas não vivas (por outras palavras, mortas), pois estas estão limitadas, veja-se que, sem qualquer tipo de ajuda, a água não corre para as montanhas. Mas, para além disto pode-se aplicar o termo liberdade a algo ainda menos vivo, ao inexistente fisicamente, ou, por outras palavras, à moral (conjunto de regras e normas que regem a vivência humana).
Com tudo isto rapidamente se pode verificar que a própria liberdade não é livre, pois a liberdade é condicionada. Se analisarmos a liberdade de qualquer ser, coisa ou ente no geral (incluindo os não-físicos) verificamos que não é livre. A expressão máxima que apoia a minha tese da auto-anulação da liberdade provém do saber popular: “A tua liberdade acaba, onde termina a de outro” (ou, para os mais egocênctricos: [...]a minha).
O Homem vive em sociedade. O Homem é um ser relativamente livre. São estas as duas frases que se auto-anulam, tal como a liberdade o faz.
Se imaginarmos a liberdade do Homem como uma circunferência à sua volta, não é difícil imaginar estes círculos a sobreporem-se. Assim, para se conseguir viver na sociedade deve-se perceber muito bem os nossos limites, para evitar esta sobreposição de liberdades pessoais e consequentes falta de igualdade entre indivíduos.
Esta ligeira divagação acerca da Liberdade tem, ao contrário do que se possa pensar, um objectivo. Este objectivo é, exactamente como se pode imaginar, falar da falta de democracia da nova lei anti-tabaco em Portugal.
Eu pessoalmente gostei da implementação desta lei (porque detesto ser incomodado por esse horrível pedaço da alcatrão). Mas há um fundo de incorrecto nesta lei. São as placas.
As placas?
Sim. As placas. Quem leu estas placas deverá ter reparado na frase “Não fumadores”, que é, alias, a única presente nestas placas. Esta frase é chocante. É chocante não pelo facto de proibir o acto de fumar dentro de um estabelecimento, mas pelo facto de usar a palavra fumadores.
Eu pessoalmente não gosto muito do Quim Zé, ele já conseguiu por três familiares seus com cancro nos pulmões devido a estar constantemente a fumar (o próprio Quim Zé parece ter ficado imune, como as bactérias ficam imunes quando se habituam à presença de uma determinada substância, às substâncias presentes no seu tão horrível hábito), mas tal não implica de forma alguma que este fumador não tenha o direito de entrar num bar, desde que esteja com o cigarro apagado.
Empurrões anti-democráticos, falta de igualdade entre indivíduos, isto está presente em quase tudo o que se passa no nosso dia-a-dia. Presenciam-se situações de discriminação, racismo e fenómenos de egocentrismo, são indivíduos sem exemplo diriam uns, eu, e falo por mim, por vezes tomo atitudes incorrectas como estas, duvido também que exista alguém que nunca tenha actuado de uma forma errada, transpondo os limites da sua liberdade e interferindo com a de outros, incluindo o sr.eng. José Sócrates. Se se imaginar um mundo sem estes atropelos cívicos, sem desordens, sem confusões, sem dúvida que nos sentiriamos mais felizes.
Isto parece impossível de alcançar, eu sei (a mim também me parece), mas, se todos lutarmos no mesmo sentido, se remarmos para o mesmo lado, talvez possamos chegar um passo mais perto de um mundo melhor.
/Melle J Gruppelaar
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