quinta-feira, 3 de julho de 2008

Tudo

Se há alguma coisa que eu tenha aprendido neste ano, foi o valor das coisas. Tudo o que existe à nossa volta é fascinante, incrível.

A Natureza é o habitat de muitos fenómenos incríveis, pela sua complexidade e beleza. Apercebi-me disto após um banho na piscina. Ao contemplar a água ondulante, custa a acreditar que aquele azul é, na realidade, uma colecção de moléculas de óxido bi-hidrogenado, mais vulgarmente conhecidas por H2O, agarradas por um estranho fenómeno de coesão e de atracção, formando um fluido de características também incríveis.
Ao olhar para as plantas em meu redor apercebi-me da complexidade desses seres vivos. Só para obterem alimento têm que completar dois ciclos complexos, em que através da conversão de átomos e moléculas e fotões e iões e não sei mais o quê, se consegue obter um composto glicérico (energético).
A complexidade é tal que eu, mesmo após ter estudado esta matéria, não consigo perceber como alguém criou isto, como um processo evolutivo pode, algum dia originar algo tão fantástico. É neste processo que a planta produz Oxigénio e o seu alimento, utilizando, entre outros, o Dióxido de carbono. Mas a produção de monossacarídeos e dissacarideos é apenas a ponta do iceberg, pois a planta é muito mais complexa.
A planta é constituida por milhares de células. Tão pequenas que ninguém as vê (quem foi o génio que as encontrou?), tão complexas na sua individualidade que nas suas redes formam uma infinidade de questões ligadas à sua existência, utilidade, funcionamento, interactividade, radioactividade, ultractividade, nãoseiquêvidade, etc(vidade). Como pode algo tão complexo existir?
E depois olhei para mim próprio. Pois, eu sei, não sou um espanto. Mas eu olhei e vi que mesmo eu, que gosto de ver tudo de uma forma simples, sou complexo. Afinal, só para me aperceber do que eu acabei de falar, já introduzi um sistema essencial, complexo (e muito pouco entendido ainda), o meu sistema nervoso.
De alguma forma que não sei, absorvi nos meus olhos fotões reflectidos pela água e pelas plantas, e transmitido através de uma rede complexa (bainha de mielina, nódulos de ranvier, sinapses, bombas de sódio potássio, axiomas, dendrites, etc etc etc) foi-se transmitindo, através de trocas de iões entre o interior e exterior das células transmissoras, uma mensagem até ao meu cérebro, e não sei como passei a ter consciência (o que quer que isso seja) de que ali estavam plantas e ali estava água e de que eu estava sentado, vá, deitado, numa cadeira, e de que estava calor, mas que havia uma brisa agradável e mais não sei o quê que agora já não me lembro.
E depois, não sei como, consultei os arquivos da minha memória (dizem que também se encontra no meu sistema nervoso), e correlacionei, num frenesim de informação a correr pelas células nervosas, os dados que vi, os dados que eu já tinha aprendido, os dados que eu deduzi e mais não sei quantos outros dados. Só não percebo como não fiquei com um nó no cérebro...
Enfim, tudo isto só para se entender o que se vê, para entender fenómenos da física e as suas fórmulas estranhas então nem quero pensar.
E tudo isto só para se ver o sistema nervoso. Nem falei do sistema hormonal, nem dos músculos. tendões, ossos e dentes, nem do sistema circulatório, nem do sistema respiratório, nem da digestão, nem do nariz nem dos ouvidos, nem dos dedos dos pés, nem de... enfim SÓ falei do sistema nervoso.
Assim, também tu, sim TU que passas o dia dentro de casa à frente do computador e ler artigos como este, sendo (em teoria) uma pessoa, deves ser um ser tão complexo, como te podes achar horrível sendo tão fantástico (embora pudesses ter um bronzeado mais... bronze, por assim dizer...).
Mas enfim, não falemos do Nerd, falemos da maneira como olhamos a Natureza. Como pode alguém olhar a Natureza com desdem sabendo que tudo, desdo mosquito ao calhau tem uma grande complexidade, no entanto parece tão simples, tão igual, tão... natural. Mas é complexo e por isso respeitável e imensamente bonito, INCRÍVEL mesmo.

/Melle J Gruppelaar

segunda-feira, 31 de março de 2008

O meu raciocínio é por sinónimos!!

Acabei de ver um documentário sobre Nietzche. Não é disso que vou falar. Apenas para referir que foi Nietzche, ou melhor, o facto de eu ver o documentário sobre a vida e obra dele que me incitou a pensar na minha vida e obra (pequenina por assim dizer).
No entanto já consegui desenvolver filosofias, consegui chegar a conclusões e consegui, enfim, o brilhante resultado, e acho que essencial para a humanidade do meu indivíduo, de pensar. O que quer que se diga, é isto o mais importante para um Homem, imagine-se você um ser irracional, vulgarmente caracterizado como animal.
Eu pensei no meu pensamento, e cheguei a uma conclusão, é por sinónimos! Funciona assim, quando se quer chegar a alguma ideia acerca de um tema, associam-se sinónimos ou etimologias, os sinónimos então podem-nos levar a conclusões acerca do tema.
Veja-se o seguinte exemplo:
Objectivo
Objectivo » Objecto » Real (objecto = existe) » Facto » Correcto (se não não era facto) » Explicito » Concreto
Algo Objectivo = Algo Concreto
Objectivo como acção » Almejar algo concreto » Tentar chegar o mais perto possível de um estado / posição / outra coisa qualquer que se almeje (vulgo objecto do objectivo)

Este é o meu raciocínio.

No entanto tenho que expressar que me aflige não encontrar qualquer filosofia reconhecida desta forma. Talvês eu esteja a perder o meu tempo. Parece-me simplesmente que seja pela razão da radicalidade da filosofia, vejamos que o sinónimo não nos ajuda a passar dos factos, espero então que o facto de não se encontra filosofia com este método seja devido à superficialidade deste método.
Isso não inviabiliza o facto de ser um raciocínio correcto e muito útil quando se utilizam termos que não se conhecem verdadeiramente...
Espero que sim,
/Melle

domingo, 16 de março de 2008

Uma carta que todos gostariamos de escrever


Apesar de nunca ter sido enviada, pois tal não era o seu objectivo, a seguinte carta, escrita já há mais de dois meses, é uma crítica de imensa qualidade acerca da situação que se viveu.
A carta foi escrita em grupo por: Melle J Gruppelaar e João Silva (com participação de André Lizardo).



Anónimo da Silva Ferreira

07 Janeiro 2008
Algures, Portugal


Exmo. sr. Director da Associação de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
Venho por este meio expressar a vossa excelência o meu descontentamento pelo facto de ter sido capturado por uma máquina fotográfica num acto desprezível de desrespeito pelas leis em vigor neste país.
Trata-se de um acto cometido pelo sr. Director na madrugada do dia 1 de Janeiro do presente ano no casino Estoril, aquando da celebração da passagem de ano. Em causa está o facto de o sr. Director ter acendido um cigarro numa área destinada a não fumadores.
Gostaria de receber uma resposta do exmo. sr. Em causa não só para a minha pessoa mas também para o país que ressoa em questões pondo em causa as suas competências ou se poderia continuar a exercer as suas actuais funções na tão Exigente ASAE. Afinal se os actuais dirigentes nacionais não respeitam a lei, então quem teria dignidade suficiente para a respeitar?
Espero que o meu entendimento sobre o caso tenha sido correcto e que tenha apresentado todos os factos de maneira explicita o suficiente.
Subscrevo-me com a mais elevada consideração e os melhores cumprimentos,
//AnónimoSF

terça-feira, 11 de março de 2008

Gandhi disse...

Sete grandes erros da humanidade:
  1. “Riqueza sem trabalho”
  2. "Prazer sem consciência”
  3. “Conhecimento sem carácter”
  4. “Negocio sem moralidade”
  5. “Ciência sem ética”
  6. “Culto sem sacrificar”
  7. “Política sem princípios”
—Mahatma Gandhi *


“Riqueza sem trabalho”
Qual o valor do dinheiro? É esta a questão exposta nesta frase. Para analisar isto deve-se recorrer a quatro casos, primeiro alguém que é pobre, mas não trabalha. Alguém que é pobre e trabalha arduamente. Alguém rico devido a muito trabalho. E alguém rico sem fazer nada.
O malandro lá da vila. Dá valor ao dinheiro? Dá. Mas o seu valor é, para ele, inferior ao do valor do descanso. Não trabalha, não dá valor.
O coitado do Zé Maria, sempre sonhou com uma casa grande, um Ferrari, e queria ainda ter uma piscina. Mas o mais longe que chegou foi a uma banheira. Sempre trabalhou, foi ao mercado, vendeu e recebeu dinheiro. Guardou-o bem e tentou mantê-lo ao mesmo nível. Trabalha para o seu dinheiro. O seu valor é superior ao do trabalho.
Tio Patinhas, aquele sovina da banda desenhada. Admite-se geralmente que trabalhou muito para ganhar o seu dinheiro. É sovina. Devido ao trabalho árduo, e mesmo tendo muito, o dinheiro tem para ele um valor tão elevado que não o gasta de qualquer forma. Valor do dinheiro=dinheiro2.
Quando se nasce rico é muito fácil. Não se precisa de fazer absolutamente nada. Já se tem tudo. Então para que se preocupar? Não vale a pena. Vou mas é aproveitar e viver “na boa”.
Imagine-se o estado de uma nação rica sem nada fazer por isso. Isso aconteceu com Portugal na era dos descobrimentos, na parte final. O dinheiro era tanto que se julgava que nunca ia acabar. Então porque desenvolver o país? Não vale a pena. Todos podemos observar os perigos da “riqueza sem trabalho”.

“Prazer sem consciência”
Este erro é um erro devido à liberdade de cada indivíduo (Ver post “Placas anti-democráticas). Qualquer ser humano tem os seus direitos, e isto deve-se respeitar ao máximo. Se alguém não tiver consciência é sinal que não é responsável (logo é imaturo), mas se tiver possibilidades para fazer o que quiser...
Encontra-se um grande erro, portanto. Para se ter direitos é preciso ter deveres. Alguém que não tem consciência, que é egocêntrico, não tem deveres. Este é o grande erro. Um país, incluindo aqueles em guerra, têm deveres, não se podem “baldar”, os problemas não lhes passam ao lado, porque isso trará consequências drásticas para eles e para o mundo.
Hoje é cada vez mais importante, num país de muitas culturas e muitas interacções, saber-se estar, saber-se ser cívico, saber-se evitar o egocentrismo e a isolação. Porque enquanto o mundo lá fora avança, nós ficamos na discoteca. Quando saímos, estamos numa outra nebulosa planetária... Se apenas ligarmos ao bom acabaremos sempre por ficar para trás... esquecidos...

“Conhecimento sem carácter”
São os génios do mal. Quando pensamos num pensamos sempre numa espécie de Einstein malévolo. Qualquer pessoa deve, para se evitar o conflito, para não se interferir (negativamente) na área de liberdade de outros, restringir o seu conhecimento, porque nem todo o saber é bom... afinal foi o saber que criou a bomba atómica, e nada de bom daí adveio...
Outras pessoas existem, pelo que as devemos respeitar, pois têm capacidades semelhantes (ou, muito provavelmente, superiores) a nós. Deve-se por isto promover um ensino (menos) factual e (mais) valorativo.

“Negócio sem moralidade”
Mais uma vez o centro da questão foca-se na liberdade. Por mais ambição que alguém tenha, nem todos os meios para realizar os seus objectivos são válidos. Primeiro tem que se ter em conta que se deve respeitar os outros seres humanos, é devido a eles que temos um negócio.
A burla dá direito a represálias, pelo que não é muito aconselhada (pela sua saúde, não entre por este caminho).
Depois deve-se compreender que nem tudo é um negócio. Nem tudo o existente se pode negociar, nem tudo tem um valor monetário. Deve-se ter em conta que existem outras pessoas que poderiam não apreciar a venda de coisas a que dão um valor (sentimental) muito superior ao seu valor monetário (o valor sentimental não está incluído nos preços). Devemos respeitar todo o ser humano existente (e as suas crenças), pelo que não pode haver negócio sem moralidade.

Ciência sem ética”
Esta frase assemelha-se um pouco à questão do conhecimento sem carácter. Deve-se ter em conta as individualidades e crenças de outrem. Deve-se distinguir o que está certo e o que está errado, pois ainda somos capazes de ver as consequências dos nossos actos e de escolher o bem (por enquanto ainda não precisamos de um cão-guia).
Nem tudo deve ser investigado, pois deve haver um respeito por tudo o existente. Nem todo o conhecimento é bom, pois o conhecimento de coisas pessoais interfere (quase sempre negativamente) com a liberdade de outros.
No dia em que a ciência ultrapassar a ética o Homem transformar-se à em Robot.

“Culto sem se sacrificar”
Em qualquer religião há deveres. Estes deveres devem-se respeitar para que os direitos que daí advêm possam ser uma realidade. O que acontece muito nos dias de hoje (principalmente em Portugal) é tentar obter os direitos sem ter que realizar os deveres. Muitos portugueses dizem-se católicos e querem ir para o céu, mas raramente agradecem a Deus a comida que têm no prato.
Mas o fulcral neste tema não é a religião, mas antes o paralelismo que se pode fazer com a vida real. Tal como na religião, para se obter direitos cívicos devem se respeitar determinados deveres cívicos. O que muitas vezes acontece é as pessoas tentarem ter direitos sem ter que cumprir deveres. Isto estagna o desenvolvimento de uma região e não promove de maneira alguma a igualdade entre indivíduos.
Para se obter direitos somos obrigados a sacrificar (tempo ou outros).

“Política sem princípio”
Para se poder actuar correctamente e coerentemente em todas as ocasiões é preciso ter princípios. Estes princípios não são mais do que ideias principais em torno dos quais se desenvolve uma ideia. Imagine-se então política sem princípio. As acções e escolhas tomadas seriam incoerentes, pois para tudo existiriam critérios diferentes. A falta de princípios faria com que uma única pessoa pudesse moldar a política na direcção que quiser. O mundo cairia nas mãos de alguns indivíduos.
Por outro lado a frase “política sem princípios” indica-nos uma política em que não se respeitam as normas de uma determinada região, pois os critérios são pertencentes a uma única pessoa; seria semelhante a falar de uma política caótica, sem nexo nem coerência. Esta política não promoveria nem o respeito por regras (pois as interpretações são pessoais) nem pelas liberdades de indivíduos, pelo que seria profundamente negativa para a região em causa.
Política sem princípios é o mesmo que vender produtos a moedas diferentes.

Gandhi escreveu esta lista de erros da Humanidade à bastante tempo, actuais no tempo da sua escrita. No entanto se transitarmos esta lista de erros para qualquer época histórica verificar-se ia sempre que estes erros são os que mais se deve evitar. Ao analisarmos de uma forma cronológica pode-se verificar ainda que estes problemas têm vindo a ter importância cada vez maior, devido à era da comunicação.
Para se evitarem estes erros deve-se procurar políticas de liberdade, de igualdade e de educação adequadas, evitando-se futuros erros de ordem humanística.

/Melle J Gruppelaar

*Mohandas Karamchand Gandhi nasceu a 2 de Outubro de 1869 em Porbandar, Índia. Ele liderou o movimento indiano para a independência, e é um dos lideres espirituais e políticos mais respeitados do sec. XX. Em 1948 é assassinado por um fanático Hindu que se opunha à sua tolerância para com todas as crenças e religiões. Gandhi ficou honrado pelo seu povo como o progenitor da nação indiana e é chamado de “Mahatma”, que significa Grande Espírito.
Informação recolhida de http://www.doctorhugo.org/gandhi.html e traduzida por Melle J Gruppelaar

domingo, 9 de março de 2008

Planeta Terra???

Por vezes lemos coisas que nos fazem pensar. A maior parte das vezes pensamos porque são coisas que nos podem acontecer, mas outras vezes pensamos porque não sabemos como é que alguém pode ser assim tão estúpido. Por vezes é surreal, incompreensível mas outras vezes é tão trivial e tão óbvio que nos escapa um “OMG” e pasmamos a olhar para o facto.
Pois bem caros leitores, foi isso mesmo que aconteceu um dia destes aquando de uma pesquisa por aquele que eu considero o meu melhor amigo: O Sr. Google! As frases que agora vão ler são de um fórum brasileiro e de outro inglês e que eu transitei para o Diversus de modo a podermos dar umas boas gargalhadas. Resta-me desejar que gostem dos meus comentários.

Planeta Terra, Seculo XXI.
Toda a gente anda com a mania de fazer tudo à pressa ou de tentar fazer várias coisas ao mesmo tempo. Pensando exactamente nos consumidores mais atarefados uma produtora de Secadores de Cabelo fez o favor de nos relembrar que: "NÃO USE (o secador de cabelo) QUANDO ESTIVER DORMINDO", portanto aqui deixamos também o apelo aos senhores/senhoras leitores/leitoras que são sonâmbulos para que por favor não utilizem os secadores de cabelo enquanto estiverem a dormir (e venham apenas ao nosso blog quando estiverem bem acordados).
Existem também aquelas pessoas que, passo a expressão, são maníacas pela higiene pessoal. Sabe-se lá as utilizações que dão a um simples sabonete. E a pensar nessas pessoas uma marca de sabonetes anti-sépticos escreveu na sua caixa: "INDICAÇÕES: UTILIZAR COMO SABONETE NORMAL". Não preciso dizer mais nada, ou será que sim? Bem… pode-se acrescentar a pergunta a cada um de nós: “O que é e para que serve um sabonete normal?”
E que dizer das comidas congeladas? Aquelas coisas que vem, é só por no microondas 15 min e já está? Bem… temos de pensar no verão e quando não nos apetece coisas quentes mas apenas o mais frio que houver! Para essas ocasiões, para o caso de haver alguém que pretende “lamber” a lasanha como se fosse um Magnum White ® uma produtora relembra que a "SUGESTÃO DE APRESENTAÇÃO: DESCONGELAR PRIMEIRO". Por favor… tentem resistir à tentação de lamber a deliciosa lasanha como se fosse um gelado!
Ainda na casa dos congelados temos aqueles deliciosos tiramisus e os seus sempre engraçados avisos. Neste caso temos um giríssimo anuncio na parte de baixo de uma caixa desse delicioso gelado: "NÃO INVERTER A EMBALAGEM"… Pois, se não queriam que virassem a caixa para quê é que só escreveram esse aviso exactamente na posição em que não deveria estar… É como um policia ultrapassar o limite de velocidade imposto só para passar uma multa a um condutor que ultrapassou esse limite.
Por falar em gelado passamos a outra área da culinária… os pudins. E dentro dessas deliciosas sobremesas podemos falar de uma informação que me deixou bastante intrigado e a pensar “Será que é mesmo?”. Trata-se daquele aviso: "ATENÇÃO: O PUDIM ESTARÁ QUENTE DEPOIS DE AQUECIDO" Hmmm ainda não sei se isto é verdade… ainda tenho de testar! Ainda dentro da cozinha temos aqueles objectos indispensáveis mas que não deixam de ser perigosos, como as facas. Como sempre deve-se avisar que não se devem manter esses objectos perto de crianças, mas o aviso inclui outro tipo de seres vivos: "IMPORTANTE: MANTER LONGE DAS CRIANÇAS E ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO" Isto deixou-me a pensar o que será que os meus cães ou a minha gata andam a fazer quando não estou em casa? Será que são espiões disfarçados? Vou mantê-los debaixo de olho por via das dúvidas…
Aproveitando a conversa na área da cozinha falemos um pouco de amendoins. Não de amendoins mas da mania dos comerciantes de amendoins estragarem surpresas. Como é o caso de uma informação contida no pacote de amendoins: "AVISO: CONTÉM AMENDOINS". Isto de tirar o efeito surpresa tem de acabar!
Para sair da cozinha passamos pelas batatas fritas e os seus “fantásticos” brindes. Não sei que prémio estava em jogo, mas uma coisa eles asseguram: "VOCÊ PODE SER O VENCEDOR. NÃO É NECESSÁRIO COMPRAR. DETALHES DENTRO". É excelente o facto de podermos vencer, mesmo não comprando o pacote, uma vez que as instruções estão dentro do pacote…
Passamos directamente da cozinha para o engomador de roupa… que pode ser utilizado em qualquer parte da casa. E este, caros leitores, é um conselho que, tal como esta fabricante de ferros de engomar, como amigo vos aconselho a seguirem: "NÃO ENGOMAR A ROUPA SOBRE O CORPO" Quem vos avisa vosso amigo é! Passamos da obrigação para o desporto. Natação, um desporto que, por sinal, eu gosto bastante. Mas como em tudo é preciso ter higiene, e para isso existem certos requisitos como a utilização de toucas. Mas também existem requisitos dentro de requisitos. E um dos requisitos que vêem com a touca é que ela é "VÁLIDA PARA UMA CABEÇA". Boa dica, uma vez que andam por aí muitas pessoas à procura de uma boa experiencia com a sua namorada, e talvez se lembrassem de ir nadar juntos… com a mesma touca.
Por falar em partilhar falemos no natal! Época das prendas e dos presépios e das árvores de natal com aquelas luzes todas engraçadas. E com essas novas maneiras de utilizar as luzes houve uns fabricantes dessas iluminações que decidiram por um termo a essas utilizações ridículas e advertiram: "USAR APENAS NO INTERIOR OU NO EXTERIOR" Este é mais um caso em que ficamos a pensar se não daria para utilizar entre o interior e o exterior.
E ainda no Natal falemos das mudanças que são precisas fazer: isolar melhor as casas, comprar um aquecedor, um ar-condicionado ou, para quem não tem tantos fundos, cortar mais lenha para a lareira. Para quem pretender levar a cabo esta ultima tarefa o Blog Diversus tem, assim como o manual de instruções de uma serra Husqvarna um conselho para si: "NÃO TENTE DETER A SERRA COM AS MÃOS OU OS GENITAIS" A primeira parte percebe-se, mas a segunda… não sei se seria muito cómodo… Ou, como diz outra fabricante de motosserras: “Não segure o motoserra do lado errado”, para aquelas pessoas que são novas nesta coisa de cortar lenha.
E uma vez que já demos conselhos a sonâmbulos vamos também dar conselhos às pessoas com insónias… Nós recomendamos-lhe vivamente que tome as pastilhas para dormir da Nytol já que é um medicamento tão forte que uma das advertências desse medicamento é: “PODE PRODUZIR SONOLÊNCIA" Portanto tenham cuidado e quando tomarem este medicamento não façam nada, pois não era muito conveniente adormecer enquanto se trabalha ou se está a ler um texto interessante no nosso blog.
Por falar em trabalho falemos dos filhos que tanto trabalho dão aos pais… Pense no dinheiro que se gasta na escola e em medicamentos… E aqueles medicamentos para a rouquidão infantil… que não deixam que as crianças trabalhem um pouco depois de tomarem aquele medicamento, uma vez que uma das contra indicações é: "NÃO CONDUZA AUTOMÓVEIS NEM MANEJE MAQUINARIA PESADA DEPOIS DE TOMAR ESTE MEDICAMENTO" Isto vai resultar num discurso mais ou menos assim: “Joãozinho larga lá a grua e vem para dentro para tomar os medicamentos!”
Continuando a falar em crianças falemos de uma das épocas mais vividas pelas mesmas. O carnaval e os seus engraçados fatos. Diria que fazem as crianças sonhar! E para as crianças não exagerarem nesses sonhos uma marca de fatos de carnaval decidiu incorporar uma nota no fato de super-homem que, para desespero dos mais pequenos, dizia o seguinte: "O USO DESSE TRAJE NÃO O TORNA APTO A VOAR". Por amor de Deus… Onde é que já se viu destruir assim as ilusões e os sonhos de uma criança?
Mas chega de falar de produtos existentes em Portugal porque não é só no nosso remoto país que existem coisas deprimentes. Vamos até aos EUA. O aviso intrigante desta feita é numa caixa de chaves de fendas. Deixe-me cá pensar o que é que possivelmente não se deveria fazer com uma chave de fendas… talvez pô-la nos olhos? Sim é uma boa dica, mas a dica do fabricante é ainda melhor: “Conjunto com 6 ferramentas de precisão. Não devem ser inseridas no pénis.” Perdão? - Dizem os mui estimados leitores. Pois… parece que nos Estados Unidos se põem as chaves de fendas onde não devem…
E quem é que nunca ouviu falar num… fogão? Pois é… parece que também anda a dar problemas lá pelos States, e diz que fogões e crianças não combinam. E os fabricantes advertem: “Pode desabar se seu filho sentar-se ou apoiar-se na porta do forno”. É, e eu arrisco dizer que foram precisos muitos anos de estudos e muitos testes para conseguir comprovar este facto.
Agora falamos sobre Telemóveis, esse vírus urbano. Finalmente uma produtora de telemóveis teve uma boa ideia e no manual de instruções desse telemóvel informou para: “Tenha cuidado ao dizer palavrões neste telemóvel porque os sentimentos do amigo serão maus”. Se formos ver ao fundo da questão até são capazes de ter razão… mas eu ainda estou para saber se o tal amigo é o telemóvel ou se é alguém a falar do outro lado…
E quando se fala em telemóvel vêem-nos sempre à cabeça todos os números que sabemos e os outros que gostaríamos de ter em mente… Mas para essa ocasiões existem as “Páginas Amarelas”, que contêem os números mais importantes e aqueles que têem mais possibilidade de ser requeridos pelos utilizadores. Mas para os utilizadores mais ocupados as Páginas amarelas em Augusta, EUA advertem: “Cuidado: Por favor não utilize esta lista enquanto opera um veículo em movimento” Que o apelo deles faça eco no nosso blog e chegue até vós…
E com essas doideiras que por aí andam temos outro apelo para vos fazer que também está expresso no site da Apple: “Por favor Não coma o iPod Shuffle” Eu sei que pode parecer tentador ver um delicioso e formoso Ipod… mas resistam por favor… se quiserem dêem-me o Ipod e eu dou-vos uma sandes de qualquer coisa! Já não bastava o facto de serem doidos por comida mas tenho agora mais três provas de que também são obcecados pela limpeza…
Mas para tentar, ou não, abrandar este facto a casa da sorte americana resolveu pedir para “Não passar a ferro” os bilhetes de lotaria. Eu sei porque e esta obceçao tem uma explicação, mas se a quiser saber poste ai no comentário que eu explico logo que possível.
A outra prova de que têem um fraquinho pela limpeza é o facto das máquinas de secar nas lavandarias publicas terem um pequeno pedido no mínimo estranho: “Não coloque pessoas nesta máquina de secar”. Querem falar sobre isso? Então falem sobre este aviso numa escova sanitária (também chamado de piaçá): “Não utilizar para higiene pessoal” Não vou comentar.
E neste momento há muitos viciados naquelas máquinas de refrigerantes e que ficam irritados quando não há a bebida que eles querem! E por causa dos abanões desesperados dos consumidores os produtores de máquinas avisam: “A máquina pode cair e causar sérios ferimentos ou morte” Eu concordo com eles.
Vamos falar agora de outro problema físico que até ao momento tem causado muitos acidentes. Para prevenir estes acidentes uma produtora de produtos químicos advertem nas embalagens dos seus produtos: “Se você não pode ler (…) alertas, não utilize este produto” Se este aviso não é para gozar… eu vou ali e já venho.
Jet-Sky…A loucura do verão. Vende-se muitas unidades destas geringonças engraçadas! Mas com em tudo na vida há perigos e para prevenir os produtores avisam no manual de instruções: “Nunca utilize fósforo aceso ou chamas para verificar o nível de combustível” Quem te avisa…
Para quem não tem dinheiro para jet-sky tem de se contentar com uma trotineta. Aviso-vos, caros leitores, de que não há nada mais perigoso do que uma trotineta para andar de um lado para o outro. A própria produtora destes brinquedos avisa que: “Este produto move-se quando utilizado” Considere-se avisado…
Por falar em andar, há certas coisas que não convém fazer enquanto se conduz um carro inclusive… dar a pílula a uma cachorra. Porque com os medicamentos deve ter-se cuidado o farmacêutico adverte : “Tome cuidado quando estiver a conduzir um carro”. Não percebo é porque é que o homenzinho vai estar interessado em dar a pílula à cachorra logo no carro? Isso só seria preciso se houvessem mais cães no carro… Pensando melhor este aviso até tem um fundo de verdade!
A esta altura já estão todos a pensar “Porra mas ele não se farta de blogar?” Chegou a vossa hora leitores! Cheguei ao último tópico que quero destacar, e sem dúvida que foi o que me fez dar mais gargalhadas! Desta feita é sobre a indústria Americana. E é hilariante! Bem… no fundo o que eu achei mais engraçado foi o facto de estar escrita em francês. Bem, eles devem ter pensado, nós queremos gozar mas vamos escrever em francês uma vez que ninguém percebe uma letra em francês (eu apoio esta frase e faço parte de um movimento que defende a ideia de que no planisfério terrestre, no sitio onde está a França, deveria estar pintado a azul e uma placa dizendo “Oceano Atlântico”, não por ter alguma coisa contra os franceses mas por detestar aquela língua ridícula [perdoem-me este aparte]) vamos escrever o que queremos em francês. Infelizmente saiu-lhes o tiro pela culatra… e traduzo-vos agora o que era para ser uma anedota despercebida mas que passou a ser um motivo de riso internacional: “Nós pedimos desculpa por nosso presidente ser um idiota. Nós não votamos nele.”

Resta-me desejar que passem o resto de um bom dia e que continuem a visitar o nosso blog. Com os melhores comprimentos

João Silva

Vais sair sem comentar? Ingrato!

sexta-feira, 7 de março de 2008

Placas anti-democráticas

Oficialmente Portugal é um país democrático, as revistas reflectem muito bem [o que há de pior n]isto. O abuso é, no entanto, constante, empurrões anti-democráticos e exigências excessivas. Esquece-se por vezes que tudo o existente tem limitações. Uma rocha é limitada, pois não se pode mexer, um animal é limitado, porque tem que satisfazer as suas necessidades fisiológicas, assim também o Homem é limitado, a sua liberdade não é absoluta.
Esta alusão à liberdade também é referivel a coisas não vivas (por outras palavras, mortas), pois estas estão limitadas, veja-se que, sem qualquer tipo de ajuda, a água não corre para as montanhas. Mas, para além disto pode-se aplicar o termo liberdade a algo ainda menos vivo, ao inexistente fisicamente, ou, por outras palavras, à moral (conjunto de regras e normas que regem a vivência humana).
Com tudo isto rapidamente se pode verificar que a própria liberdade não é livre, pois a liberdade é condicionada. Se analisarmos a liberdade de qualquer ser, coisa ou ente no geral (incluindo os não-físicos) verificamos que não é livre. A expressão máxima que apoia a minha tese da auto-anulação da liberdade provém do saber popular: “A tua liberdade acaba, onde termina a de outro” (ou, para os mais egocênctricos: [...]a minha).
O Homem vive em sociedade. O Homem é um ser relativamente livre. São estas as duas frases que se auto-anulam, tal como a liberdade o faz.
Se imaginarmos a liberdade do Homem como uma circunferência à sua volta, não é difícil imaginar estes círculos a sobreporem-se. Assim, para se conseguir viver na sociedade deve-se perceber muito bem os nossos limites, para evitar esta sobreposição de liberdades pessoais e consequentes falta de igualdade entre indivíduos.
Esta ligeira divagação acerca da Liberdade tem, ao contrário do que se possa pensar, um objectivo. Este objectivo é, exactamente como se pode imaginar, falar da falta de democracia da nova lei anti-tabaco em Portugal.
Eu pessoalmente gostei da implementação desta lei (porque detesto ser incomodado por esse horrível pedaço da alcatrão). Mas há um fundo de incorrecto nesta lei. São as placas.
As placas?
Sim. As placas. Quem leu estas placas deverá ter reparado na frase “Não fumadores”, que é, alias, a única presente nestas placas. Esta frase é chocante. É chocante não pelo facto de proibir o acto de fumar dentro de um estabelecimento, mas pelo facto de usar a palavra fumadores.
Eu pessoalmente não gosto muito do Quim Zé, ele já conseguiu por três familiares seus com cancro nos pulmões devido a estar constantemente a fumar (o próprio Quim Zé parece ter ficado imune, como as bactérias ficam imunes quando se habituam à presença de uma determinada substância, às substâncias presentes no seu tão horrível hábito), mas tal não implica de forma alguma que este fumador não tenha o direito de entrar num bar, desde que esteja com o cigarro apagado.
Empurrões anti-democráticos, falta de igualdade entre indivíduos, isto está presente em quase tudo o que se passa no nosso dia-a-dia. Presenciam-se situações de discriminação, racismo e fenómenos de egocentrismo, são indivíduos sem exemplo diriam uns, eu, e falo por mim, por vezes tomo atitudes incorrectas como estas, duvido também que exista alguém que nunca tenha actuado de uma forma errada, transpondo os limites da sua liberdade e interferindo com a de outros, incluindo o sr.eng. José Sócrates. Se se imaginar um mundo sem estes atropelos cívicos, sem desordens, sem confusões, sem dúvida que nos sentiriamos mais felizes.
Isto parece impossível de alcançar, eu sei (a mim também me parece), mas, se todos lutarmos no mesmo sentido, se remarmos para o mesmo lado, talvez possamos chegar um passo mais perto de um mundo melhor.

/Melle J Gruppelaar

quarta-feira, 5 de março de 2008

Pensamento Do Dia

Um fazendeiro coleccionava cavalos e só lhe faltava uma determinada raça.
Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha este determinado cavalo e atazanou-o até conseguir comprá-lo. Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário:
- Bem, o seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante 3 dias, no terceiro dia eu retornarei e, caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo.
Neste momento, o porco escutava toda a conversa. No dia seguinte deram o medicamento e foram embora. O porco aproximou-se do cavalo e disse:
- Força amigo! Levanta daí, senão serás sacrificado!!!
No segundo dia, deram o medicamento e foram embora. O porco aproximou-se do cavalo e disse:
- Vamos lá amigão, levanta-te senão vais morrer! Vamos lá, eu ajudo-te a levantar... Upa! Um, dois, três.
No terceiro dia deram o medicamento e o veterinário disse:
- Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.
Quando foram embora, o porco aproximou-se do cavalo e disse:
- É agora ou nunca, levanta-te depressa! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar! Óptimo, vamos, um, dois, três, agora mais depressa, vá... Fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa!!! Tu venceste, Campeão!!!

Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo a correr no campo e gritou:

- Milagre!!! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa... "Vamos matar o porco!!!"

Reflexão:

Isto acontece com frequência no ambiente de trabalho. Dificilmente se percebe quem é o funcionário que tem o mérito pelo sucesso, por isso saber viver sem ser reconhecido é uma arte. Se algum dia alguém te disser que o teu trabalho não é de um profissional, lembra-te:

"Amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic".

Adaptado por:
João Silva

 
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