Se há alguma coisa que eu tenha aprendido neste ano, foi o valor das coisas. Tudo o que existe à nossa volta é fascinante, incrível.
A Natureza é o habitat de muitos fenómenos incríveis, pela sua complexidade e beleza. Apercebi-me disto após um banho na piscina. Ao contemplar a água ondulante, custa a acreditar que aquele azul é, na realidade, uma colecção de moléculas de óxido bi-hidrogenado, mais vulgarmente conhecidas por H2O, agarradas por um estranho fenómeno de coesão e de atracção, formando um fluido de características também incríveis.
Ao olhar para as plantas em meu redor apercebi-me da complexidade desses seres vivos. Só para obterem alimento têm que completar dois ciclos complexos, em que através da conversão de átomos e moléculas e fotões e iões e não sei mais o quê, se consegue obter um composto glicérico (energético).
A complexidade é tal que eu, mesmo após ter estudado esta matéria, não consigo perceber como alguém criou isto, como um processo evolutivo pode, algum dia originar algo tão fantástico. É neste processo que a planta produz Oxigénio e o seu alimento, utilizando, entre outros, o Dióxido de carbono. Mas a produção de monossacarídeos e dissacarideos é apenas a ponta do iceberg, pois a planta é muito mais complexa.
A planta é constituida por milhares de células. Tão pequenas que ninguém as vê (quem foi o génio que as encontrou?), tão complexas na sua individualidade que nas suas redes formam uma infinidade de questões ligadas à sua existência, utilidade, funcionamento, interactividade, radioactividade, ultractividade, nãoseiquêvidade, etc(vidade). Como pode algo tão complexo existir?
E depois olhei para mim próprio. Pois, eu sei, não sou um espanto. Mas eu olhei e vi que mesmo eu, que gosto de ver tudo de uma forma simples, sou complexo. Afinal, só para me aperceber do que eu acabei de falar, já introduzi um sistema essencial, complexo (e muito pouco entendido ainda), o meu sistema nervoso.
De alguma forma que não sei, absorvi nos meus olhos fotões reflectidos pela água e pelas plantas, e transmitido através de uma rede complexa (bainha de mielina, nódulos de ranvier, sinapses, bombas de sódio potássio, axiomas, dendrites, etc etc etc) foi-se transmitindo, através de trocas de iões entre o interior e exterior das células transmissoras, uma mensagem até ao meu cérebro, e não sei como passei a ter consciência (o que quer que isso seja) de que ali estavam plantas e ali estava água e de que eu estava sentado, vá, deitado, numa cadeira, e de que estava calor, mas que havia uma brisa agradável e mais não sei o quê que agora já não me lembro.
E depois, não sei como, consultei os arquivos da minha memória (dizem que também se encontra no meu sistema nervoso), e correlacionei, num frenesim de informação a correr pelas células nervosas, os dados que vi, os dados que eu já tinha aprendido, os dados que eu deduzi e mais não sei quantos outros dados. Só não percebo como não fiquei com um nó no cérebro...
Enfim, tudo isto só para se entender o que se vê, para entender fenómenos da física e as suas fórmulas estranhas então nem quero pensar.
E tudo isto só para se ver o sistema nervoso. Nem falei do sistema hormonal, nem dos músculos. tendões, ossos e dentes, nem do sistema circulatório, nem do sistema respiratório, nem da digestão, nem do nariz nem dos ouvidos, nem dos dedos dos pés, nem de... enfim SÓ falei do sistema nervoso.
Assim, também tu, sim TU que passas o dia dentro de casa à frente do computador e ler artigos como este, sendo (em teoria) uma pessoa, deves ser um ser tão complexo, como te podes achar horrível sendo tão fantástico (embora pudesses ter um bronzeado mais... bronze, por assim dizer...).
Mas enfim, não falemos do Nerd, falemos da maneira como olhamos a Natureza. Como pode alguém olhar a Natureza com desdem sabendo que tudo, desdo mosquito ao calhau tem uma grande complexidade, no entanto parece tão simples, tão igual, tão... natural. Mas é complexo e por isso respeitável e imensamente bonito, INCRÍVEL mesmo.
/Melle J Gruppelaar
Ao olhar para as plantas em meu redor apercebi-me da complexidade desses seres vivos. Só para obterem alimento têm que completar dois ciclos complexos, em que através da conversão de átomos e moléculas e fotões e iões e não sei mais o quê, se consegue obter um composto glicérico (energético).
A complexidade é tal que eu, mesmo após ter estudado esta matéria, não consigo perceber como alguém criou isto, como um processo evolutivo pode, algum dia originar algo tão fantástico. É neste processo que a planta produz Oxigénio e o seu alimento, utilizando, entre outros, o Dióxido de carbono. Mas a produção de monossacarídeos e dissacarideos é apenas a ponta do iceberg, pois a planta é muito mais complexa.
A planta é constituida por milhares de células. Tão pequenas que ninguém as vê (quem foi o génio que as encontrou?), tão complexas na sua individualidade que nas suas redes formam uma infinidade de questões ligadas à sua existência, utilidade, funcionamento, interactividade, radioactividade, ultractividade, nãoseiquêvidade, etc(vidade). Como pode algo tão complexo existir?
E depois olhei para mim próprio. Pois, eu sei, não sou um espanto. Mas eu olhei e vi que mesmo eu, que gosto de ver tudo de uma forma simples, sou complexo. Afinal, só para me aperceber do que eu acabei de falar, já introduzi um sistema essencial, complexo (e muito pouco entendido ainda), o meu sistema nervoso.
De alguma forma que não sei, absorvi nos meus olhos fotões reflectidos pela água e pelas plantas, e transmitido através de uma rede complexa (bainha de mielina, nódulos de ranvier, sinapses, bombas de sódio potássio, axiomas, dendrites, etc etc etc) foi-se transmitindo, através de trocas de iões entre o interior e exterior das células transmissoras, uma mensagem até ao meu cérebro, e não sei como passei a ter consciência (o que quer que isso seja) de que ali estavam plantas e ali estava água e de que eu estava sentado, vá, deitado, numa cadeira, e de que estava calor, mas que havia uma brisa agradável e mais não sei o quê que agora já não me lembro.
E depois, não sei como, consultei os arquivos da minha memória (dizem que também se encontra no meu sistema nervoso), e correlacionei, num frenesim de informação a correr pelas células nervosas, os dados que vi, os dados que eu já tinha aprendido, os dados que eu deduzi e mais não sei quantos outros dados. Só não percebo como não fiquei com um nó no cérebro...
Enfim, tudo isto só para se entender o que se vê, para entender fenómenos da física e as suas fórmulas estranhas então nem quero pensar.
E tudo isto só para se ver o sistema nervoso. Nem falei do sistema hormonal, nem dos músculos. tendões, ossos e dentes, nem do sistema circulatório, nem do sistema respiratório, nem da digestão, nem do nariz nem dos ouvidos, nem dos dedos dos pés, nem de... enfim SÓ falei do sistema nervoso.
Assim, também tu, sim TU que passas o dia dentro de casa à frente do computador e ler artigos como este, sendo (em teoria) uma pessoa, deves ser um ser tão complexo, como te podes achar horrível sendo tão fantástico (embora pudesses ter um bronzeado mais... bronze, por assim dizer...).
Mas enfim, não falemos do Nerd, falemos da maneira como olhamos a Natureza. Como pode alguém olhar a Natureza com desdem sabendo que tudo, desdo mosquito ao calhau tem uma grande complexidade, no entanto parece tão simples, tão igual, tão... natural. Mas é complexo e por isso respeitável e imensamente bonito, INCRÍVEL mesmo.
/Melle J Gruppelaar